Baixo
Hoje vamos desvendar mistérios e a importância da caixa-preta para a aeronave.
Geralmente após um acidente aéreo, as pessoas costumam se perguntar “cadê a caixa preta?”. E não é para menos essa pergunta, certo? Pois, para descobrir o que realmente aconteceu e iniciar as investigações, é necessário informações como velocidade, altitude de voo e as trocas de informações dentro da cabine.
Primeiramente, vamos desvendar o maior mistério: Sim, a caixa-preta NÃO É PRETA.
Antes de explicar (ou tentar) o motivo do termo Caixa-Preta, gostaria de dizer que não existe uma afirmação oficial ou correta sobre o assunto, mas depois de muita discussão, decidimos acreditar na versão a seguir, que diz que: o nome apelidado veio de muitos e muitos anos atrás, onde, o compartimento onde eram guardados os itens eletrônicos da aeronave, era preto, logo, ficou conhecido como black box. Anos depois, em 1950, o uso dos gravadores de dados de voo e de voz da cabine se tornaram obrigatórios e, portanto, o nome caixa-preta foi herdado. Mas somente em 1960, que a caixa-preta passou a ser pintada de laranja-fluorescente, como forma de facilitar sua localização pelas equipes de resgaste.
Mas aí já era tarde… o nome caixa-preta já tinha ficado guardado na memória de muitas pessoas. É interessante ressaltar também, que o compartimento não possui apenas uma caixa, e sim duas, dois sistemas separados: O primeiro, é chamado de “Cockpit Voice Recorder (CVR)”, grava tudo o que é captado por, geralmente, três microfones: um do comandante, um do co-piloto e outro que fica em um painel na parte de cima da cabine, pegando o som ambiente. O outro mecanismo, o “Flight Data Recorder (FDR)”, registra os chamados parâmetros, que podem ser velocidade do avião (pode ser tanto em relação ao vento quanto ao solo), as posições em que as manetes foram colocados, o momento em que determinados botões foram acionados, etc.
Alguns especialistas dizem que agora é a hora de atualizar os métodos para essa coleta de dados durante o voo. Algumas pessoas costumam perguntar: Se os passageiros conseguem navegar na internet e transmitir dados em tempo real, por que os gravadores de bordo não podem fazer o mesmo? E a resposta é simples. Imagina a largura de banda que seria necessária para transmitir dados de uma aeronave inteira em tempo real? Algo totalmente inviável atualmente.
A “Caixa-Preta” NÃO fica na cabine do piloto, como muitos leigos costumam pensar. O compartimento fica localizado na cauda da aeronave, que é um local menos vulnerável ao impacto de um acidente, já que a caixa tem que estar com o maior nível de integridade possível, para eventuais investigações.
NÃO! A Caixa começa a emitir sinais acústicos de 37.5KHz quando imergida na água, o que pode ser, não tão facilmente, captado por dispositivos detectores. O mais incrivel dessa tecnologia, é que os sinais podem ser emitidos mesmo que a caixa esteja a mais de 4.200m de profundidade. Além disso, os materiais utilizados na fabricação da caixa são extremamente resistentes e projetados para suportar altas temperaturas, um exemplo de material é o famoso Titânio(Ti).
A AirBus anunciou em uma conferência no Paris Air Show, que no final deste ano, as aeronaves A350 virão equipadas com uma caixa-preta ejetável. A caixa irá se desprender da aeronave em caso de acidente. E se você acha que não poderia ficar melhor, fica! Além da função ejetora, a nova caixa-preta virá com um sistema conjunto: ocorrerá a junção do gravador de voz da cabine com o gravador de dados de voo, o que facilita integralmente a busca no caso de acidentes. A fabricante explica que, o equipamento será posicionado na traseira da aeronave e quando ocorrer o pouso no mar ou detecção de alguma deformação na fuselagem por pressão e submersão, a caixa será automaticamente liberada da aeronave e flutuará até a superfície.
Uau, a AirBus surpreendendo novamente!!
Bom, espero que você tenha gostado.
Se tiver mais alguma informação interessante sobre a “Caixa-Preta”, conta pra gente.
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