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Entenda como surgiu o Alfabeto Aeronáutico no mundo

Escrito por  Sergio Duarte
em 31 de janeiro de 2020

Entenda como surgiu o Alfabeto Aeronáutico no mundo

O alfabeto aeronáutico como hoje é conhecido nasceu através do alfabeto aeronáutico da OTAN / NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte / North Atlantic Treaty Organization) e se tornou efetivo em 1956 e somente há alguns anos atrás foi universalmente estabelecido. Entretanto, diversas adaptações ocorreram antes da versão atual.

Assim, em meados de 1920, a União Internacional de Telecomunicações (ITU) produziu o primeiro alfabeto fonético a ser reconhecido internacionalmente, uma vez que se utilizava do nome de cidades ao redor do globo.

Amsterdam, Baltimore, Casablanca, Denmark, Edison, Florida, Gallipoli, Havana, Italia, Jerusalem, Kilogramme, Liverpool, Madagascar, New York, Oslo, Paris, Quebec, Roma, Santiago, Tripoli, Uppsala, Valencia, Washington, Xanthippe, Yokohama, Zurich.

No lado militar, os Estados Unidos adotaram o alfabeto fonético do Exército/Marinha, chamado de alfabeto Able Baker. Esse alfabeto era conhecido pelos dois primeiros códigos do mesmo, em todos os ramos militares em 1942. Dois anos depois, a Força Aérea Real Britânica (RAF) decidiu também utilizar o alfabeto Able Baker.

Alfabeto Able Baker

Able, Baker, Charlie, Dog, Easy, Fox, George, How, Item, Jig, King, Love, Mike, Nan, Oboe, Peter, Queen, Roger, Sugar, Tare, Uncle, Victor, William, X-ray, Yoke, Zebra

Uma crítica comum era o fato de esses alfabetos conterem somente o inglês em sua composição. De fato, uma nova versão incorporando inglês, francês e espanhol foi proposta pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). Essa versão se tornou efetivo em 1 de Novembro de 1951 apenas para a aviação civil. É uma forma similar do que se utiliza atualmente.

Alfa, Bravo, Coca, Delta, Echo, Foxtrot, Gold, Hotel, India, Juliett, Kilo, Lima, Metro, Nectar, Oscar, Papa, Quebec, Romeo, Sierra, Tango, Union, Victor, Whiskey, eXtra, Yankee, Zulu

Mudanças provisórias

Os militares e a OTAN continuaram a seguir o alfabeto Able Baker. Como resultado, ficou claro que ainda era necessária a criação de um alfabeto fonético universal. Uma revisão do alfabeto Able Baker, encabeçada pela OTAN, foi realizada.

Uma proposta de alteração das letras C-M-N-U-X foi enviada à Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO). Entretanto, ainda existia o debate continuasse a respeito do código para a letra N (Nectar x November). No dia 8 de Abril de 1955, o Grupo Permanente do Comitê Militar do Atlântico Norte informou que aprovada ou não a proposta pela ICAO, o alfabeto seria definitivamente adotado pela OTAN em 1 de Janeiro de 1956.

Os Aliados hesitaram em adotar o alfabeto aeronáutico para uso nacional em virtude da posição da ICAO perante a proposta de alteração. A princípio a situação não se prolongou. A ICAO aprovou a proposta, sendo November o código adotado para a letra N.

Nascimento do Alfabeto Aeronáutico

Em 21 de Fevereiro de 1956, os Países Membros foram comunicados que o novo alfabeto fonético. O mesmo se tornou efetivo em 1 de março de 1956. A ITU adotou formalmente alguns anos depois, estabelecendo de maneira universal o alfabeto fonético governando todas as comunicações de rádio militares, civis e amadores. Foi a OTAN que encabeçou a revisão final. Dessa forma nasceu o alfabeto OTAN (NATO Alphabet).

A – ALPHA                                            K – KILO                                        U – UNIFORM

B – BRAVO                                            L – LIMA                                        V – VICTOR

C – CHARLIE                                       M – MIKE                                      W – WHISKEY

D – DELTA                                             N – NOVEMBER                         X – X-RAY

E – ECHO                                               O – OSCAR                                     Y – YANKEE

F – FOXTROT                                       P – PAPA                                         Z – ZULU

G – GOLF                                                Q – QUEBEC

H – HOTEL                                            R – ROMEO

I – INDIA                                                S – SIERRA

J – JULIET                                             T – TANGO

 

Agora que você já sabe sobre a história por trás dessa forma de comunicação, aprenda mais sobre outra curiosidade: o uso de paraquedas em aeronaves ou os acidentes aéreos que mudaram a aviação!

Até a próxima!

 

Sergio Duarte
Co-Fundador do Portal Engenharia Aeronáutica

 

 

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