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Desde a década de 1930, quando o engenheiro Henrich Focke fez a demonstração daquela que é considerada a primeira aeronave com asas rotativas realmente funcional, muita coisa mudou.
Pode parecer estranho, mas as aeronaves de asas rotativas (rotores) apresentam o mesmo princípio de construção e funcionamento dos aviões de asas fixas, cujo principal objetivo é dar sustentação aerodinâmica, tração e controle do movimento. No entanto, nos aviões, o fluxo de ar sobre as asas é dado pela velocidade do movimento deste; já nas aeronaves de asas rotativas, os rotores fazem o movimento das pás para conseguir o fluxo de ar.
Aeronaves com rotores apresentam um ganho maior no que se refere à sua versatilidade, pois podem decolar e aterrissar na vertical, pairar em uma determinada posição e se movimentar a baixas velocidades — o que em geral não exige pistas de grande porte ou equipamentos pesados para sua atuação.
Neste post, você vai conhecer três tipos de aeronave com asas rotativas. Continue a leitura e confira!
O convertiplano é uma aeronave com o propósito de voar mais longe que o helicóptero convencional. Mas ainda sim mantendo as capacidades de pouso e decolagens verticais ou em pistas curtas.
O modelo apresenta dois rotores menores do que os tradicionais utilizados em helicópteros, mas isso é suficiente para fornecer sustentação durante decolagens e aterrissagens na vertical. Esses rotores ficam presos a asas fixas nas laterais da aeronave e se movem em um ângulo de 90 graus.
Na decolagem, os rotores ficam na posição perpendicular às asas fixas e, durante o movimento na vertical, os rotores começam a se inclinar e alinhar com a direção de voo (transição), numa manobra dinâmica, fazendo com que a aeronave inicie o movimento de translação durante este processo.
Durante o movimento de alinhamento dos rotores e durante o voo, os rotores funcionam como uma hélice de um avião (turboélice), momento durante o qual a sustentação é dada pelas asas, permitindo o deslocamento da aeronave a grandes distâncias.
Uma aeronave icônica é o Boeing Osprey V-22.
Sendo o mais utilizado e muito versátil, o helicóptero tem grande capacidade de movimentar cargas e além da versatilidade de realizar em pousos, decolagens e manobras em locais pouco acessíveis.
O rotor (ou rotores) principal de um helicóptero têm três funções: sustentação, tração ou propulsão e controle de pilotagem em torno do centro de massa.
Uma caixa de transmissão transfere a potência do motor ao rotor gerando uma força aerodinâmica perpendicular a este. Entretanto, o rotor gera um torque na aeronave que faz ela girar. Por isso, é necessário o rotor de cauda para equilibrar esse torque.
Os rotores principais podem ser de três tipos:
Além disso, os rotores podem apresentar diversas configurações conforme a potência, o tamanho e a capacidade da aeronave.
Por definição, temos, segundo a proposta da Royal Aeronautical Society: aeronave que em voo, e em baixas velocidades, deriva uma porção substancial da sustentação através de um sistema de asas rotativas, mas que em velocidade, gera sustentação e tração longitudinal de uma combinação adequada do sistema de asas rotativas, superfícies de sustentação fixas e propulsão auxiliar.
O helicóptero composto é um método de alcançar velocidades elevadas enquanto mantém as capacidades de manobras verticais de um helicóptero convencional. Em geral, a sustentação e propulsão geradas pelo disco do rotor principal reduzem significativamente com o aumento da velocidade de avanço da aeronave. Isso acontece como resultado do fluxo de ar assimétrico encontrado pelo rotor principal.
Um protótipo de sucesso é o Eurocopter (hoje conhecida como Airbus Helicopters) X3:
Como você pôde conferir, essas são apenas algumas das características da estrutura de alguns tipos de aeronave que utilizam asas rotativas.
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