Baixo
A Dornier Seawings realizou no dia 28 de março o primeiro voo de sua aeronave de nova geração Dornier Seastar. Trata-se de um tipo de aeronave que apresenta uma característica muito diferente em termos de flexibilidade operacional. É uma aeronave anfíbia, que permite pouso e decolagem tanto em pistas na terra quanto na água.
A operação na água gera diversos direcionadores para a definição do conceito do produto. A parte inferior da fuselagem geralmente assemelha-se a um casco de barco, visando diminuir o atrito do avião com a água durante a decolagem, além de garantir flutuabilidade adequada. As asas, motores e empenagens são posicionadas em uma altura um pouco mais elevada, a fim de evitar contato da água com estes componentes. (Imagine a ponta da asa tocando uma onda a 50 nós…)
E diferente dos hidroaviões que operam somente em água, as aeronaves anfíbias têm que solucionar conflitos entre requisitos de operação na água e terra, como por exemplo, possuir trem de pouso. Para a operação na água o trem de pouso se faz desnecessário, além de trazer a complicação da necessidade de vedação e proteção do sistema contra a água, sendo uma solução muito comum o uso de trem de pouso com recolhimento para cima, como o Canadair CL-215.
Além de aeronaves projetadas especificamente para operação anfíbia, tem algumas aeronaves de aviação geral que oferecem kits para modificação do produto, de forma a permitir a operação na água. É o exemplo do Cessna 208 Caravan, que conta com a possibilidade da adição de flutuadores nos trens de pouso.
Aeronaves projetadas desde a concepção para serem anfíbias são um exemplo claro que a ‘forma seuge a função’, e que não existe solução única quando se trata de projeto de aeronaves. Cada aplicação requer solução dedicada, e a missão a ser executada direciona completamente a solução final do produto.
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