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Durante o desenvolvimento de novos aviões, o efeito da degradação aerodinâmica causada por formação de gelo em voo é um assunto de grande relevância. Ao voar em condições atmosféricas propícias para a formação de gelo, cristais de diferentes formas podem aderir a regiões distintas do avião. Nesse processo, uma série de processos físicos complexos são envolvidos.
Do ponto de vista da segurança operacional, é importante que os engenheiros desenvolvam sistemas de degelo e antigelo. O engenheiro aerodinamicista, por outro lado, está interessado em compreender como os efeitos da formação de gelo impactam o campo aerodinâmico causando, por fim, impactos no desempenho da aeronave. A presença de formações de gelo reduz a sustentação e aumenta o arrasto, aumenta a velocidade de stall para uma dada condição de voo. Mesmo o gelo lixa, que corresponde a uma rugosidade milimétrica, apresenta efeitos aerodinâmicos adversos.
Para estudar a formação do gelo e a degradação aerodinâmica que dela resulta, os engenheiros usam uma combinação de CFD, ensaios em túnel e, até mesmo, ensaios em voo. Ao se usar ferramentas de CFD para esse tipo de análise, cuidados devem ser tomados para que a malha computacional seja capaz de captar os efeitos causados pela forma de gelo em estudo.
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