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L-1011 – Estabilidade Relaxada

em 21 de julho de 2020

L-1011 – Estabilidade Relaxada

Dando sequência aos posts sobre o L-1011, hoje iremos falar sobre a primeira aplicação da estabilidade longitudinal relaxada em um avião de transporte comercial feita pela Lockheed Martin e apresentada ao público em 1983 em um estudo bastante interessante.

O estudo foi divido em duas partes. A primeira verificando-se qual seria o percentual de redução de consumo de combustível utilizando a estabilidade relaxada sem reprojeto da asa do L-1011 (mesma asa das versões -1 até -250). Nesse cenário o ganho máximo obtido foi de 2%. Com CG médio saindo de 25 %CMA (Corda Média Aerodinâmica) para 35 %CMA.

L-1011 Tristar engenharia aeronáutica

 

A segunda parte foi utilizando a asa do -500. Asa que recebeu uma ponta maior tendo um aumento do alongamento de 7.0 para 7.6. Para essa asa o ganho máximo da Estabilidade Relaxada observado foi de 4% para uma estabilidade estática de -10%.

É interessante notar a melhora da eficiência na redução do consumo quando a estabilidade relaxada é utilizada em conjunto com uma asa reprojetada de maior alongamento. Outra curiosidade é que em ambos os casos a qualidade de voo longitudinal da aeronave ficou degradada pelo uso da estabilidade relaxada, demandando o uso de um sistema ativo de controle.

Fonte: NASA-CP-2296 p 443-467, L-1011 Testing With Relaxed Static Stability

Quais o principais fatores proibitivos para adoção de uma estabilidade relaxada? Redundância de controle/sistemas, certificação?

Acredito que não chegue a ser proibitivo. Temos bons exemplos no uso da estabilidade relaxada nas aviações executiva, comercial e militar. A redundância dos sistemas que alimentam e processam as informações utilizadas pelo sistema de controle, sem dúvida são aspectos fundamentais, como você mencionou. Adicionaria ainda a robustez do tratamento de cada sinal como algo também fundamental para não alimentar o sistema com um possível sinal errôneo, por exemplo.

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